SILENTE DESPEDIDA
Murmurar silente, a chuva cai
Dos olhos rolam lágrimas
Adeus a um amor que se vai
Prostrada à porta, tarde pálida
Lividez de pele, tudo fere
Que se detenha a fria lua
Para não ofuscar a criatura
Em tanta apatia, interfere
Permita que ali permaneça
Deixe-a enterrar as dores
Na soleira por onde entrou amores
Que se cure ou adoeça
Com a cabeça á chuva, a lavar
A saudade que só faz maltratar!
0 comentários:
Postar um comentário